Cristina Ferro

2011

Untitled

É a ideia de contágio e experiência mútua que me leva a este encontro. 
Aprofundar o meu conhecimento das formas que o crochê poderá tomar, aqui nascido das mãos experientes das artesâs, que irei conhecer, e tentar contagiá-las a elas com a minha  forma de usar os pontos e variações do crochê espontâneamente. 
É inicialmente um projecto despretensioso que não tem uma forma final a atingir, senão o desejo de fazer emergir a capacidade criativa que pode surgir de mãos  sabedoras.  
A ideia será abrir portas para a expressão criativa individual de cada artesâ. Assumindo o crochê como uma forma de desenho livre e em descontexto da sua natureza fisica tradicional. Dando azo a uma produção paralela quase avessa às suas normais metas diárias de execussão de padrôes e tramas prédefenidas (quer através dos mapas que habitualmente se usam na confecção de uma toalha, napron, colcha etc. ou das chamadas “amostras”). 
É também um incentivo à produção local em que elas próprias, as artesâs, mais tarde possam abrir possibilidade da aplicação de um crochê adaptado a uma nova realidade idealizado pelo momento. 
A apresentação do produto final desta experiência será orientado por mim mas aberto à discussão colectiva das envolvidas neste processo, tendo por base a noção de objecto/desenho comum de criação conjunta.

Bio

Bio

Cristina Ferro da Silva licenciada em Artes Plásticas – Escultura, pela FBAUP, vive hoje em dia em Santa Maria da feira, onde também trabalha na produção de peças em crochê espontâneo (ou freestyle como gosta de o apelidar) aplicado na área da joalharia de autor e outros objectos . Um bichinho que ficou aquando da sua passagem pelo curso de ourivesaria da escola de artes decorativas de Soares dos Reis. Embora não tenha a possibilidade de estar a trabalhar com metais nobres como gostaria não deixa de considerar a utilização desta técnica tradicional uma nobre aplicação nas peças que produz.